Te dou meu pé meu não
Um céu cheio de estrelas
Feitas com caneta bic num papel de pão
Já ta fazendo parte da minha vida
Já entra la em casa quando bem quer
Deita dorme e sonha na minha cama
Beija me abraça e me ama
Bem cedinho faz o meu café
Tambem já faço parte da sua vida
Lhe entreguei a chave do meu coração
Tambem com tanto beijo com tanto carinho
To vivendo agora feito passarinho
Comendo na palma da sua mão
Você chegou na hora
Que eu mais precisava
Assoprou a minha brasa
Acendeu o meu viver
Pediu apenas meu amor
Eu disse tome
Sem querer juntou a fome
Com a vontade de comer
Sem fazer apologia
Mas pregando a liberdade
Para que se prevaleça
Diante a sociedade
Nosso direito comum
Defendo que cada um
Faça o que tem vontade.
Certo que minha vontade
Não agride a de ninguém
Sem fazer mal para o outro
Mas a mim fazendo o bem
Respeito a vontade sua
Mas vou MARCHAR pela rua
Fazendo o que me convém.
Se faço o que me convém
Sem a ninguém agredir
Peço que não me agridam
E me deixem decidir
O que devo o não fazer
Pois o que me dar prazer
Só a mim cabe sentir.
Jorge Filó
Aos poucos ela se estréia
Se espelha
Se emparelha
Se brecha
Se avexa
Se acalma
Se isola
Se desnuda
Se tesuda
Se chuvisca
Se saboneta
Se tapeia
Se depila
Se orvalha
Se toalha
Se enxuta
Se hidrata
Se escova
Se desodora
Se fareja
Se calcinha
Se saia
Se camiseta
Se retoca
Se bonita
Se bendita
Se viceja
Se lampeja
Se menina
Se gata
Se heroína
Se tigresa
Se mulher
Se joga na vista dele
Se afeiçoa
Se apura
Se afina
Se mima
Se clima
Se bem-me-quer
Se namora
Se demora
Se chega
Se aprochega
Se encabula
Se melindra
Se recata
Se afasta
Se dificulta
Se nega
Se nega
Se nega
Se titubeia
Se insinua
Se permite
Se à lua
Se enfraquece
Se esquece
Se entrega
Se chamega
Se beija
Se re-beija
Se carícia
Se ameiga
Se marasma
Se instiga
Se descortina
Se inflama
Se faísca
Se incendeia
Se inunda
Se serpenteia
Se galopa
Se ofega
Se avassala
Se embora
Se desnorta
Se doideja
Se trimilica
Se transborda
Se zarolha
Se estartalha
Se estonteia
Se estronda
Se estupefa
Se estafa
Se triunfa
Se fulmina
Se glorifica...
Quando eu vim do sertão,
seu môço, do meu Bodocó
A malota era um saco
e o cadeado era um nó
Só trazia a coragem e a cara
Viajando num pau-de-arara
Eu penei, mas aqui cheguei (bis)
Trouxe um triângulo, no matolão
Trouxe um gonguê, no matolão
Trouxe um zabumba dentro do matolão
Xóte, maracatu e baião
Tudo isso eu trouxe no meu matolão
Uma banda recifense surgida no movimento Manguebeat
A banda nasceu em1992, originalmente com Siba , Eder "O" Rocha , Hélder Vasconcelos. Mais tarde entraram Mazinho Lima , Sérgio Cassianoe Mauricio Alves, a banda tem base na música nordestina, como o Forró, Maracatu, Coco, Baião, Caboclinho e Ciranda. Suas letras são inspiradas na tradição popular e ainda tem um pouco de Rock, Jazz e Música Árabe.
O Nome do grupo é uma homenagem ao mestre de cerimônias do teatro folclórico popular Cavalo Marinho na Zona da Mata.Ajustei um casamento
Com a nêga dum bordel
Pensando que era uma moça
E era o diabo duma véia
Tombo no martelo tombador
Tombo no martelo militar
Me caso contigo véia
Deve ser em condição
D'eu dormir na minha rede
E tu véia, no fogão
Me casei com esta véia
Pra livrar da fiarada
A danada dessa véia
Teve dez numa ninhada
Desses dez que nasceram
Um deu pra ladrão de bode
Deu no tango e deu no mango
Dos dez só ficaram nove
Dos nove que ficaram
Um deu pra ladrão de porco
E deu no tango e deu no mango
Dos nove ficaram oito
Dos oito que ficaram
Um deu pra ladrão de jegue
Deu no tango e deu no mango
Dos oito ficaram sete
Dos sete que ficaram
Um deu pra ladrão de rês
Deu no tango e deu no mango
Dos sete ficaram seis
Desses seis que ficaram
Um deu pra ladrão de pinto
E deu no tango e deu no mango
Dos seis só ficaram cinco
Dos cinco que ficaram
Um deu pra ladrão de pato
E deu no tango e deu no mango
Dos cinco ficaram quatro
Dos quatro que ficaram
Um deu pra roubar outra vez
Deu no tango e deu no mango
Dos quatro ficaram três
Desses três que ficaram
Um deu pra ladrão de boi
Deu no tango e deu no mango
Dos três só ficaram dois
Desses dois que ficaram
Um deu pra roubar jerimum
Deu no tango e deu no mango
Desses dois só ficaram um
Gosto dele assim, passou a brincadeira, e ele é pra mim...
Encontrei o meu pedaço na avenida de camisa amarela
Cantando a Florisbela, oi, a Florisbela
Convidei-o a voltar pra casa em minha companhia
Exibiu-me um sorriso de ironia
Desapareceu no turbilhão da galeria
Não estava nada bom, o meu pedaço na verdade
Estava bem mamado, bem chumbado, atravessado
Foi por aí cambaleando se acabando num cordão
Com um reco-reco na mão
Depois o encontrei num café zurrapa do Largo da Lapa
Folião de raça bebendo o quinto gole de cachaça
Isso não é chalaça!
Voltou às quatro horas da manhã mas só na quarta-feira
Cantando "A jardineira", oi, "A jardineira"
Me pediu ainda zonzo um copo d’água com bicarbonato
Meu pedaço estava ruim de fato pois caiu na cama e não tirou nem o sapato
Roncou uma semana
Despertou mal-humorado
Quis brigar comigo
Que perigo, mas não ligo!
O meu pedaço me domina
Me fascina, ele é o tal
Por isso não levo mal
Pegou a camisa, a camisa Amarela botou fogo nela
Gosto dele assim
Passou a brincadeira e ele é pra mim, meu senhor do bomfim
Tô nos braços de mamãe
Pra ela me acarinhar.
Apareça valentão, para me tirar de lá.
Nos braços dela eu vou morar!
Tinha orgulho em ser criança
E também em estudar.
Aprender coisas da vida - que venha me ajudar.
Nos braços dela eu vou morar!
Tô nos braços de mamãe
Pra ela me acarinhar.
Apareça valentão, para me tirar de lá.
Nos braços dela eu vou morar!
Saber falar com mamãe,
Também agradar papai.
A data comemorar - tenho deus pra me ajudar
Nos braços dela eu vou morar!
Coco Raízes de Arcoverde
Sou uma mulher madura
Que às vezes anda de balanço
Sou uma criança insegura
Que às vezes usa salto alto
Sou uma mulher que balança
Sou uma criança que atura
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
"Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?"
Simplista e um pouco fora da realidade. Veja, aqui, novas sugestões de sermões:
Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?
Promete saber ser amiga e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?
Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?
Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?
Promete se deixar conhecer?
Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?
Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?
Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?
Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?
Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?
Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declara-os maduros
Morena bela
Pra que ser tão bela assim?
Tanta beleza é ruim
Quem te vê se desespera
És uma fera
Não quero te ver jamais
Gente assim Deus é quem faz
E o Diabo é quem tempera
Ah, quem me dera
O teu beijo não ser doce
E se teu semblante fosse
Igual ao da besta- fera
Pura quimera
Morena do traço fino
Por azar do meu destino
Tu não és uma megera
Quem sou, quem era
Já brinquei Maracatu
Hoje eu sou um papa- angu
Com a cara de pantera
Quem te venera
No final fica perdido
Como um vulcão esquecido
No fundo de uma cratera
Olhando a esfera
A cigana me falou
Que se perdido eu estou
Meu destino não se altera
Carrego a fera
Que do céu já estou expulso
E hoje, nem que seja a pulso
Levo pra minha tapera
( ... Mestre Ambrósio