Pause dans la douleur

" Gente assim Deus é quem faz e o diabo é quem tempera ."

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Meu bem meu bem-me-quer
Te dou meu pé meu não
Um céu cheio de estrelas
Feitas com caneta bic num papel de pão

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Parte da Minha Vida

Petrúcio Amorim

Já ta fazendo parte da minha vida
Já entra la em casa quando bem quer
Deita dorme e sonha na minha cama
Beija me abraça e me ama
Bem cedinho faz o meu café

Tambem já faço parte da sua vida
Lhe entreguei a chave do meu coração
Tambem com tanto beijo com tanto carinho
To vivendo agora feito passarinho
Comendo na palma da sua mão

Você chegou na hora
Que eu mais precisava
Assoprou a minha brasa
Acendeu o meu viver

Pediu apenas meu amor
Eu disse tome
Sem querer juntou a fome
Com a vontade de comer

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Sem fazer apologia
Mas pregando a liberdade
Para que se prevaleça
Diante a sociedade
Nosso direito comum
Defendo que cada um
Faça o que tem vontade.

Certo que minha vontade
Não agride a de ninguém
Sem fazer mal para o outro
Mas a mim fazendo o bem
Respeito a vontade sua
Mas vou MARCHAR pela rua
Fazendo o que me convém.

Se faço o que me convém
Sem a ninguém agredir
Peço que não me agridam
E me deixem decidir
O que devo o não fazer
Pois o que me dar prazer
Só a mim cabe sentir.


Jorge Filó

JORNADA LITERÁRIA PORTAL DO SERTÃO 2011

15/09 – QUINTA
Local: ESTAÇÃO DA CULTURA

8h às 12h e 13h às 17h - EXPOSIÇÃO O POETA JOÃO
16h - RECITAL COM O ATOR SÍLVIO PINTO – “FRAGMENTOS DOS TEXTOS: O CÃO SEM PLUMAS E OS TRÊS MAL AMADOS DA OBRA DE JOÃO CABRAL DE MELO NETO

- EXIBIÇÃO DO FILME – SEVILHA RECIFE | DIREÇÃO: BEBETO ABRANTES

Local: SALÃO DE EVENTOS – SESC ARCOVERDE

20h - CERIMôNIA DE ABERTURA – RAPSÓDIA DA POETICIDADE – JMB EM BUSCA DE LILITHS E OUTROS ORF’EUS.

PARTICIPAÇÕES | JOMARD MUNIZ DE BRITO, WELLINGTON DE MELO, BIAGIO PECORELLI, HÉLDER HERICK, MARIA ALICE AMORIM, ICARO HOLANDA


16/09 – SEXTA
Local: SESC ARCOVERDE

9h às 12h e 14h às 17h - OFICINA DE LITERATURA CONTEMPORÂNEA: ALGUNS RECORTES – MICHELINY VERUNSCHK
9h às 12h - OFICINA PEQUENOS CONTOS PARA PEQUENOS ESCRITORES (07 a 10 anos) – RICARDO MELO
9h às 12h - OFICINA DE ESCRITA POÉTICA RUAS E INTI – NERÁRIOS - ALEXANDRE FURTADO
14h às 17h - OFICINA DE POESIA E PERFORMANCE: PALAVRA, CORPO E SUBJETIVIDADE – BIAGIO PECORELLI

Local: LIRA CULTURAL

14h às 17h - PARADA PARA LEITURA – JOMARD MUNIZ DE BRITO

Local: SESC ARCOVERDE

20h - VIDEOINSTALAÇÃO | “OLHARES SOBRE LILITH”, IDEALIZADORAS E CURADORAS – TUCA SIQUEIRA E ALICE GOUVEIA

Local: BUDEGA DA POESIA

22h - A MARCHA DA DIVERSIDADE DECANTADA NA BUDEGA

PARTICIPAÇÃO - GRUPO DREMELGAS, MIRÓ, ÉSIO RAFAEL, EDISON ROBERTO, FLÁVIO MAGALHÃES JACIEL SILVA, JOSÉ DENILSON, EXPEDITO MATOS, EDILSA E NARUNA FREITAS


17/09 – SÁBADO
Local: SESC ARCOVERDE

9h às 12h e 14h às 17h - OFICINA DE LITERATURA CONTEMPORÂNEA: ALGUNS RECORTES – MICHELINY VERUNSCHK
9h às 12h - OFICINA PEQUENOS CONTOS PARA PEQUENOS ESCRITORES (07 a 10 anos) – RICARDO MELO
9h às 12h - OFICINA DE ESCRITA POÉTICA RUAS E INTI – NERÁRIOS - ALEXANDRE FURTADO
14h às 17h - OFICINA DE POESIA E PERFORMANCE: PALAVRA, CORPO E SUBJETIVIDADE – BIAGIO PECORELLI
14h às 17h - OFICINA DE NARRATIVAS BREVES – MARCELINO FREIRE
14h às 17h - CONVERSA DE ESCRITOR – DIÁLOGO NA DIFERENÇA

PARTICIPAÇÃO – WELLINGTON DE MELO E ESCRITORES DAS CIDADES DE GARANHUNS, TRIUNFO, SERTÂNIA, SALGUEIRO, LAGOA GRANDE, SERRA TALHADA, ARCOVERDE, AFOGADOS DA INGAZEIRA E SÃO JOSÉ DO EGITO

Local: LIRA CULTURAL
14h às 17h - PARADA PARA A LEITURA – MICHELINY VERUNSCHK

Local: SESC ARCOVERDE

20h - LANÇAMENTO DE LIVROS: “A MULHER QUE QUERIA SER MICHELINY VERUNSCHK” E EXIBIÇÃO DE CLIPES – WILSON FREIRE. “A CARTOGRAFIA DA NOITE” – MICHELINY VERUNSCHK

Local: FIM DO MUNDO BAR

22h - CINEMA DO FIM DO MUNDO | LITERATURAS EM CURTO
PARTICIPAÇÃO - COCO TRUPÉ DE ARCOVERDE


18/09 – DOMINGO
Local: SESC ARCOVERDE

14h às 17h - OFICINA DE POESIA E PERFORMANCE: PALAVRA, CORPO E SUBJETIVIDADE – BIAGIO PECORELLI
14h às 17h - OFICINA DE NARRATIVAS BREVES – MARCELINO FREIRE
Local: LIRA CULTURAL
14h às 16h - PARADA PARA A LEITURA – JORGE FILÓ E PERFORMANCE DE MIRÓ
Local: TROPA DO BALACO BACO
20h - PARA EROS E THANATOS – POEMAS DE AMOR E MORTE – INTÉRPRETE, ROMUALDO FREITAS
21h - ENCERRAMENTO - BIA MARINHO E VAL PATRIOTA

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Quem mais poderia? Muito bom!

Fé menina

Jessier Quirino

Aos poucos ela se estréia
Se espelha
Se emparelha
Se brecha
Se avexa
Se acalma
Se isola
Se desnuda
Se tesuda
Se chuvisca
Se saboneta
Se tapeia
Se depila
Se orvalha
Se toalha
Se enxuta
Se hidrata
Se escova
Se desodora
Se fareja
Se calcinha
Se saia
Se camiseta
Se retoca
Se bonita
Se bendita
Se viceja
Se lampeja
Se menina
Se gata
Se heroína
Se tigresa
Se mulher
Se joga na vista dele
Se afeiçoa
Se apura
Se afina
Se mima
Se clima
Se bem-me-quer
Se namora
Se demora
Se chega
Se aprochega
Se encabula
Se melindra
Se recata
Se afasta
Se dificulta
Se nega
Se nega
Se nega
Se titubeia
Se insinua
Se permite
Se à lua
Se enfraquece
Se esquece
Se entrega
Se chamega
Se beija
Se re-beija
Se carícia
Se ameiga
Se marasma
Se instiga
Se descortina
Se inflama
Se faísca
Se incendeia
Se inunda
Se serpenteia
Se galopa
Se ofega
Se avassala
Se embora
Se desnorta
Se doideja
Se trimilica
Se transborda
Se zarolha
Se estartalha
Se estonteia
Se estronda
Se estupefa
Se estafa
Se triunfa
Se fulmina
Se glorifica...

terça-feira, 19 de julho de 2011

Dá-me luz , ó Deus do tempo ...

Saudade

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais...

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...


Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.
Pablo Neruda


segunda-feira, 30 de maio de 2011




Pau de Arara

Luíz Gonzaga

Composição : Luiz Gonzaga e Guio de Moraes

Quando eu vim do sertão,
seu môço, do meu Bodocó
A malota era um saco
e o cadeado era um nó
Só trazia a coragem e a cara
Viajando num pau-de-arara
Eu penei, mas aqui cheguei (bis)
Trouxe um triângulo, no matolão
Trouxe um gonguê, no matolão
Trouxe um zabumba dentro do matolão
Xóte, maracatu e baião
Tudo isso eu trouxe no meu matolão

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Uma banda recifense surgida no movimento Manguebeat


A banda nasceu em1992, originalmente com Siba , Eder "O" Rocha , Hélder Vasconcelos. Mais tarde entraram Mazinho Lima , Sérgio Cassianoe Mauricio Alves, a banda tem base na música nordestina, como o Forró, Maracatu, Coco, Baião, Caboclinho e Ciranda. Suas letras são inspiradas na tradição popular e ainda tem um pouco de Rock, Jazz e Música Árabe.

O Nome do grupo é uma homenagem ao mestre de cerimônias do teatro folclórico popular Cavalo Marinho na Zona da Mata.



Na minha opinião ,foi , é uma das melhores de Pernambuco.




Usina (Tango no Mango)

Mestre Ambrósio

Composição : Chico Antônio e Paulírio

Ajustei um casamento
Com a nêga dum bordel
Pensando que era uma moça
E era o diabo duma véia

Tombo no martelo tombador
Tombo no martelo militar

Me caso contigo véia
Deve ser em condição
D'eu dormir na minha rede
E tu véia, no fogão

Me casei com esta véia
Pra livrar da fiarada
A danada dessa véia
Teve dez numa ninhada

Desses dez que nasceram
Um deu pra ladrão de bode
Deu no tango e deu no mango
Dos dez só ficaram nove

Dos nove que ficaram
Um deu pra ladrão de porco
E deu no tango e deu no mango
Dos nove ficaram oito

Dos oito que ficaram
Um deu pra ladrão de jegue
Deu no tango e deu no mango
Dos oito ficaram sete

Dos sete que ficaram
Um deu pra ladrão de rês
Deu no tango e deu no mango
Dos sete ficaram seis

Desses seis que ficaram
Um deu pra ladrão de pinto
E deu no tango e deu no mango
Dos seis só ficaram cinco

Dos cinco que ficaram
Um deu pra ladrão de pato
E deu no tango e deu no mango
Dos cinco ficaram quatro

Dos quatro que ficaram
Um deu pra roubar outra vez
Deu no tango e deu no mango
Dos quatro ficaram três

Desses três que ficaram
Um deu pra ladrão de boi
Deu no tango e deu no mango
Dos três só ficaram dois

Desses dois que ficaram
Um deu pra roubar jerimum
Deu no tango e deu no mango
Desses dois só ficaram um

Desse um que ficaram
Um deu pra roubar ladrão
Deu no tango e deu no mango
Acabou-se a geração

segunda-feira, 16 de maio de 2011

terça-feira, 12 de abril de 2011

Desta vez, foi a chuva.
Paulo Gondim
18.01.2002

Enfim, a chuva chegou
Muitos sonhos renovou
Fez a vida renascer
A vida quase esquecida
Dessa gente desvalida
Que nunca deixa o sertão
Mesmo sabendo da luta
Da vil e cruel labuta
Por um pedaço de pão

E o sol se esquivou
E dessa vez não queimou
O meu sofrido torrão
E água muita correu
A tudo depressa encheu
O sertão virou um mar !
Todo orgulhoso, sorriu
Assim como nunca viu
Tanta vida festejar

Mas a sorte aqui não muda
É cruel, feia e desnuda
É pura desolação
E no sertão é assim
Sem chuva, a seca ruim
Assola bichos e sonhos
Desalojando essa gente
Num castigar iminente
Em desalentos medonhos

E desta vez foi a chuva
Como a praga da saúva
Que tudo come sem dó
Tirou o sol do caminho
Acabou tudo igualzinho
Como o sol da outra vez
Levou tudo pela frente
Na estrondosa corrente
Destruindo o que se fez

Pois é assim no sertão
Tudo é sim ou tudo é não
Não há jeito nem saída
Quando o sol não lhe castiga
É a chuva por intriga
Que vem tudo devastar
Expulsa o pobre oprimido
De seu lugar tão querido
Para nunca mais voltar

E o sertanejo pergunta
Na dor que ao pranto se junta
Será que a sorte não muda?
Quando o sol lhe queima o rosto
Ou muita chuva é desgosto
Nunca sabe o que é melhor
Como já disse o Poeta
“Seca sem chuva é ruim”
“Mas seca d’água é pior”


segunda-feira, 11 de abril de 2011

segunda-feira, 4 de abril de 2011

terça-feira, 29 de março de 2011


A Droga
(Guibson Medeiros)


Quando te conheci
Te tratei como rainha
Você era só minha
Eu não queria te dividir
Por tanto tempo vivi
Sem nunca te abandonar
Não via ninguem adiante
Minha mãe tão importante
Não tomaria teu lugar

Pra onde eu ia te levava
O meu desejo era ardente
Não comandava mais a mente
Era você quem me guiava
Meu deu Deus como te amava
A familia deixei pra lá
Você me consumia
Minha única alegria
O meu verdadeiro par

Você era o meu castigo
Me tornei seu prisioneiro
Dependente do teu cheiro
O meu corpo é o teu abrigo
Já não existe aquele amigo
Nem ninguém pra conversar
Por você eu já roubei
E quem sabe matarei
Se pra mim você faltar

Hoje estou enfraquecido
Maltrapilho, abandonado
Colhendo o resultado
De tanto tempo perdido
Fui mais um a ser vencido
Nem um ombro pra chorar
Você continua forte
convidando pra morte
Quem ousa lhe experimentar.

segunda-feira, 28 de março de 2011

O vento que varreo o sertão
E que faz a terra voar
E o pedaço de céu que bate no chão
É o pouco que serve pra abaixar
A poeira, a poeira

Mas venha ver como é
Repare o povo daqui
Que é homem mesmo sendo mulher
Que ascende vela quando vai dormir
E clareia, clareia

Com a cabeça sem lenço ou chapéu
Pedindo a Frei Damião
E o olho com sede no céu
Qualquer nuvem perdida na imensidão
Que encandeia, encandeia

O céu chorou de pena
O céu chorou de pena

O céu chorou...
Vendo a fome vendo a seca
De pena...
Lágrimas sobre o sertão
O céu chorou...
Mas o céu nem sempre chora
De pena

O céu chorou de pena
Vendo a fome dos meninos
e a prece do povo na novena
O céu chorou de pena
vendo a fome dos meninos
e o choro das velhas nas novenas
O céu chorou de pena


Pablo Patriota

sexta-feira, 25 de março de 2011

quinta-feira, 17 de março de 2011

Saudade só é saudade quando morre a esperação ...

Massinha de Avuá!

Eu quero uma massa bem massa pra mó de modelar minhas ideia.
Eu quero uma massa, dessas de levar pra mó de viajar.
Eu quero uma massa pra mó de ver a lua clariar meus ói, pra lua dos meus ói ficar vermeia que nem os meus beijo.
Eu quero uma viagem massa dessa massa feita do natural.
Eu quero uma massa no mêi do terreiro.
Eu quero essa massa de guerreiro, de viajante e astronarta.
Eu quero ver os bode avuár mó dessa massinha massa!
Eu quero essa minha raíz, essa raíz massa da minha terra sangrada.
Eu quero esse sangue ardente no mêi do meu juízo.
Eu quero cruzar essa estrada seca e cheia de onça e de esperança.
Eu quero uma dose de cana pra mó de arrumar a cama pra nessa massa eu viajá!
Eu quero o meu bisaco nas costa preu ir guardano meus sonho, meus desalinho de menino-moço.
Eu quero esse tambô tocano pra mó de animar esse povo.
Esse povo, essa massa que tem um medo danado da massa, da massinha de avuá!

Diego Souza.

Transfigura a ação ...

quarta-feira, 16 de março de 2011

A paixão é um mar
Parabólica
Dilatada
Estrada que dói
Encanto de flor
Labirinto
Espera de redes
Parece toda raiz
Só raiz
Quando não canta o trovão
Transfiguração

Com a sua pele sagrada
A sua boca sagrada
E a sua vida no chão

terça-feira, 15 de março de 2011

Volta, esse mundo precisa de você ...

Ela disse assim
É porque é
É porque é
Não há desespero em vão

Se ela quer voar
É porque tem assas
É porque tem asas
Não não não
Quando a gente voa
Distante e só
Tão distante e só
O sol não vem e a luz que cai
Nunca mais voltou
Nunca mais voltou
Não não não

“E se eu te olhar cem vezes, acredite, em cada uma delas estarei me apaixonando um pouco mais.”

- Caio Fernando Abreu.

Gosto dele assim, passou a brincadeira, e ele é pra mim...

Encontrei o meu pedaço na avenida de camisa amarela
Cantando a Florisbela, oi, a Florisbela
Convidei-o a voltar pra casa em minha companhia
Exibiu-me um sorriso de ironia
Desapareceu no turbilhão da galeria

Não estava nada bom, o meu pedaço na verdade
Estava bem mamado, bem chumbado, atravessado
Foi por aí cambaleando se acabando num cordão
Com um reco-reco na mão

Depois o encontrei num café zurrapa do Largo da Lapa
Folião de raça bebendo o quinto gole de cachaça
Isso não é chalaça!

Voltou às quatro horas da manhã mas só na quarta-feira
Cantando "A jardineira", oi, "A jardineira"
Me pediu ainda zonzo um copo d’água com bicarbonato
Meu pedaço estava ruim de fato pois caiu na cama e não tirou nem o sapato

Roncou uma semana
Despertou mal-humorado
Quis brigar comigo
Que perigo, mas não ligo!

O meu pedaço me domina
Me fascina, ele é o tal
Por isso não levo mal
Pegou a camisa, a camisa Amarela botou fogo nela
Gosto dele assim
Passou a brincadeira e ele é pra mim, meu senhor do bomfim

Gosto dele assim
Passou a brincadeira e ele é pra mim ...

Nara Leão

domingo, 13 de março de 2011

Tô nos braços de mamãe
Pra ela me acarinhar.
Apareça valentão, para me tirar de lá.
Nos braços dela eu vou morar!

Tinha orgulho em ser criança
E também em estudar.
Aprender coisas da vida - que venha me ajudar.
Nos braços dela eu vou morar!

Tô nos braços de mamãe
Pra ela me acarinhar.
Apareça valentão, para me tirar de lá.
Nos braços dela eu vou morar!

Saber falar com mamãe,
Também agradar papai.
A data comemorar - tenho deus pra me ajudar
Nos braços dela eu vou morar!

Coco Raízes de Arcoverde

Eu sou um louco de Deus. Eu sou um servo dos loucos de Deus.

Fogo . Fogo. Fogo
Eu vou estar lá sentado esperando você chegar e me dizer que veio por mim e pra mim e enquanto você não chega, eu vou contando quantas vezes o sol nasceu e quantas vezes eu morri junto com ele e vou conversando com a lua que é a única coisa que consegue me sentir de verdade. Eu estou quase me entregando aos uivos que escuto toda noite quando sinto o meu corpo sobre a cama, eu ouço soluços a noite toda e eu sinto meu rosto úmido em contato com o travesseiro.

Diego Souza

sábado, 12 de março de 2011

Se jogou pra ver se dá pra ser de um jeito bem melhor ...

sexta-feira, 11 de março de 2011

Neste quarto de fogo solitário
No telhado um letreiro esfumaçado
Candeeiro no peito iluminado
O cigarro no dedo incendiário
O cinzeiro esperando o comentário
Da palavra carvão fogo de vela
Meus dois olhos pregados na janela
Vendo a hora ela entrar nessa cidade
Tô fumando o cigarro da saudade
E a fumaça escrevendo o nome dela
O prazer de quem tem saudade
é saudade todo dia
O prazer de quem tem saudade
é saudade todo dia
Ela é maltratadeira
Além de ser matadeira
ô saudade companheira
De quem não tem companhia
Eu vou casar com a saudade
Numa madrugada fria
Na saúde e na doença
Na tristeza e na alegria
Quando o sono não chegar
No mais distante lugar
No deserto beira mar
Dia e noite noite e dia



( Cordel do fogo encantado

quinta-feira, 10 de março de 2011

Sorriso me encantou ...

As visões se clareando ...

Pra quem sabe um dia eu acordar!!!

Eu venho lá do sertão E posso não lhe agradar...


Sei lá, mas tua ausência me causou o caos
No breu de hoje eu sinto que
O tempo da cura tornou a tristeza normal
Homem feliz , mulher carente.
A linda rosa perdeu pro cravo !!!

Gadú

“É um cara que não tem noção de como você gostaria de estar ao lado dele num final de semana qualquer.”

- Tati Bernardi.




terça-feira, 8 de março de 2011

Sou uma mulher madura
Que às vezes anda de balanço
Sou uma criança insegura
Que às vezes usa salto alto
Sou uma mulher que balança
Sou uma criança que atura

Martha Medeiros

Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.

Cora Coralina

Feliz dia internacional da mulher !!!

“Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores”.

- Cora Coralina.


segunda-feira, 7 de março de 2011

Vem amor, vem com saúde
Aonde eu sou chama, seja você brasa
E aonde eu sou chuva, seja você água

Incelença Pro Amor Retirante

Vem amiga visitar
A terra, o lugar
Que você abandonou
Inda ouço murmurar
Nunca vou te deixar
Por Deus nosso Senhor
Pena cumpanheira agora
Que você foi embora
A vida fulorô
Ouço em toda noite escura
Como eu a sua procura
Um grilo a cantar
Lá no fundo do terreiro
Um grilo violeiro
Inhambado a procurar
Mas já pela madrugada
Ouço o canto da amada
Do grilo cantador
Geme os rebanhos na aurora
Mugindo cadê a senhora
Que nunca mais voltou
Ao senhô peço clemência
Num canto de incelença
Pro amor que retirou.
Faz um ano in janeiro
Que aqui pousou um tropeiro
O cujo prometeu
De na derradeira lua
Trazer notícia sua
Se vive ou se morreu
Derna aquela madrugada
Tenho os olhos na istrada
E a tropa não voltou.

( ... Xangai
Dizem que sexo é o máximo de intimidade possível. Bobagem! Estar pelado do lado de alguém ou dentro de alguém não é nada. Respeitar o caráter, os valores e os traumas do outro, isso sim é intimidade.

"O pensamento é o ensaio da ação."

"Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?"

Simplista e um pouco fora da realidade. Veja, aqui, novas sugestões de sermões:

Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?

Promete saber ser amiga e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?

Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?

Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?

Promete se deixar conhecer?

Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?

Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?

Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?

Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?

Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?

Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declara-os maduros



Martha Medeiros

domingo, 6 de março de 2011

Fera

Morena bela
Pra que ser tão bela assim?
Tanta beleza é ruim
Quem te vê se desespera
És uma fera
Não quero te ver jamais
Gente assim Deus é quem faz
E o Diabo é quem tempera

Ah, quem me dera
O teu beijo não ser doce
E se teu semblante fosse
Igual ao da besta- fera
Pura quimera
Morena do traço fino
Por azar do meu destino
Tu não és uma megera

Quem sou, quem era
Já brinquei Maracatu
Hoje eu sou um papa- angu
Com a cara de pantera
Quem te venera
No final fica perdido
Como um vulcão esquecido
No fundo de uma cratera

Olhando a esfera
A cigana me falou
Que se perdido eu estou
Meu destino não se altera
Carrego a fera
Que do céu já estou expulso
E hoje, nem que seja a pulso
Levo pra minha tapera

( ... Mestre Ambrósio



"Eu sou cobra criada na caatinga"
Já conheço as tocas do caminho
Meu alforge é carregado de oração
Aprendi a ser valente com Lampião
Mas a minha arma de fogo é a fé
Acredito em Jesus de Nazaré
E na força do povo do sertão


Jambo